Poeta Fábio de Carvalho Multiartista Pernambucano

sábado, 27 de maio de 2017

Abismo do Olhar / Fábio de Carvalho [Maranhão].

Eu não olho
como nos filmes de amor
para quem me deleita
ou me deseja.
Não preciso dos olhos
pois enxergo
com a alma
as vezes inquieta
e sempre em chamas.
Não me perco pelos olhos,
mas,
pelos olhares,
de precipícios e penhascos
que de tão profundos
cegam-me a mente
e a própria visão
menos essa labareda acesa
tão forte
pujante e eterna
que habita em meu coração.

PERNAMBUCO
27/05/2017 - Sábado
Escritório de Trabalho [ Biblioteca Particular]
17h21h - 17h23min


sábado, 13 de maio de 2017

A dor do Amor à Luz da Filosofia / Fábio de Carvalho Maranhão

"Eu deveria escrever algo
falando de amor e de filosofia".
Falou-me um amor, inesperadamente.
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Mas a ideia confunde-me e vago
perdi-me e perdi de mim a alegria.
Meu coração calou desesperadamente.
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E enquanto eu imaginava na filosofia morar
vi que é difícil deixar
o amor crescer quando ele próprio se poda.
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Assim senti uma dor que estar
no comando dessa noite a silenciar
no peito, qual hemorragia, que incomoda...
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13/05/2017
1h44min - 01h50min
- Foto: Fábio de Carvalho Maranhão / Acervo Pessoal - 

Desprezo Inesperado / Fábio de Carvalho Maranhão

Uma partida inesperada
fez ruir o chão dos meus pés.
E como se tudo não valesse nada
procurei eu por fim o viés.
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Não fui por fim aquela mesma pessoa
tão do peito eu assim, sentimental.
Mas capaz sei que é o mar, e ressoa
suas ondas de idas e de sal.
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O gosto da partida é amargo.
Inda mais quando vai sem sentido
e fere qualquer um sentimento.
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A partida para mim foi um fardo.
Pois o amor assim foi convertido
em missão amarga de lamento...
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Cortês-PE, sábado, 13/05/2017.
1h33min-1h35min

- Foto: Fábio de Carvalho Maranhão / Acero Pesssoal -

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Paradoxo / Fábio de Carvalho Maranhão

Paradoxo / Fábio de Carvalho Maranhão
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É, quando, o que te faz feliz também te deixa triste.
É, quando, o que te faz sorrir também te faz chorar.
É quando dorme-se para sonhar, e acaba-se apenas sonhando quando acordado...
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[ Mas a felicidade é o foco.
Pois o sorriso estando vivo
sai-se da ilusão, e a filosofia passa a ser essência. ]
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É o que te prende quando te liberta.
É o que não explode de dentro quando enche-se de euforia,
mas principalmente quando a euforia não é apenas adrenalina.
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[ Pois a liberdade, neste caso, é o fato real.
A explosão é o estado de graça
e a euforia é o que transborda do amor.
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É o que nos faz viver eliminando-nos.
É o que nos faz cinzas regenerando-nos.
É o que nos compreende não decifrando-nos.
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[ Mas esta vida é o sentimento.
O refazimento próprio é a redescoberta
de algo que perdendo-se, desiludiu-te...]
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É a forma de enxergar no escuro, um amor iluminado.
É a saída ou a entrada pela porta dos fundos quando o porta da frente te prende ou te liberta.
É a cresça na esperança quando a esperança que surge é marrom...
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[ Pois a visão libertária também dar-te asas e promessas realizadas.
E já não importa qual porta abrir, pois o importante é estar lá,
quando o amor descobre, por ele mesmo, que ele nunca acabou... ]
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Fábio de Carvalho Maranhão
Escritório de Trabalho [Biblioteca Particular]
Cortês-PE, 10/05/2017, quarta-feira (19h13min - 19h31min).

Arte Visual-Digital: Fábio de Carvalho Maranhão [Acervo Pessoal]