Poeta Fábio de Carvalho Multiartista Pernambucano

domingo, 7 de outubro de 2012

de hoje em diante / fábio de carvalho


 Arte Digital: Fábio de Carvalho


de hoje em diante / fábio de carvalho

Eu não deixei de lado aquelas pessoas que me veem como um reflexo "trans-'parente' " na essência da palavra. 
Eu jamais abandonaria por completo alguma lembrança que em algum tempo representou algo de bom ou de ruim para mim. 
Não tenho certeza de muita coisa.
Nem se meu dia terminará feliz ou infeliz.
Mas com certeza, o sol vai se por, a noite anunciará que a vida também é escuridão, que é preciso descansar e que amanhã será outro dia.
É por isso que me resguardo hoje, ao direito de me reservar daqueles que não interpretam os sentimentos daquilo que escrevo, declaro, deixo tão transparente.
Em um tempo não muito distante deste eu sentia o afago de pessoas a quem adorava visitar, abraçar, dividir momentos importantes.
Mas para minha conclusão meio que sem um riso natural, eu vi que não recebia a saudade que lacrimejava nos meus olhos de volta quando escrevia sobre saudades, lembranças, esperança de reencontrar ao menos em um recado de frase curta, mas natural.
Eu não estou desabafando nem lamentando a falta que me faz a resposta de um recado qualquer que deixo periodicamente; 
Eu sei respeitar o silêncio daqueles que ignoram a minha fala.
É por isso que aprendi a não querer receber de volta o que ofereço com alegria.
É por isso que aprendi a aceitar a frieza de quem recebe meu abraço caloroso.
É por isso que aprendi, tão somente aprendi a saudar e a abraçar com meu olhar, com minhas palavras, com meus braços poéticos todos aqueles que demonstram que mais vale receber a consideração de alguém que lhe quer bem do que ignorar o querer bem de alguém que não recebe se quer a lembrança de uma amizade familiar, parentesca ou de qualquer outro nível de proximidade.
De hoje em diante eu não buscarei mais a resposta que não me foi dada por aqueles que receberam de mim a pergunta que por si só demonstra a lembrança e a saudade da parte desde poeta sem editora, deste Cristão sem Igreja, deste ser que fala hoje por não saber se o amanhã lhe será garantido.
Esperarei pelo tempo na minha cadeira ao lembrar quantas vezes não fui retribuído com o vil-metal da palavra amiga, da resposta saudosa, da comprovação mais natural do querer bem que se prova por meio de um simples gesto. 


Cortês-PE, Sábado, 06 de outubro de 2012.

6 comentários: