nova velha
poesia / fábio de carvalho maranhão
Faltam-me
mãos, às vezes, para escrever palavras de ecos mudos.
Mudas são
minhas indagações transcorridas da mente ao coração e papel.
Papel em
branco vira corrente hemorrágica de poética angústia.
Angústia vasta
é aquela que lava almas em pesadelo e sonho.
Sonhar é não
querer enfrentar a realidade.
Reais são os
sonhos colhidos cujas mãos não foram rivais.
Mas cada
palavra, sonho, colheita e dor têm raízes profundas.
Basta olhar
para trás e vê qual das dores chegou primeiro.
Daí olhar o
retrovisor de cada ação é aconselhável.
E ao
olhar-se ao espelho talvez se veja a semente de um passado colhido agora.
Não custa a ninguém
puxar pela memória.
Ainda mais quando
a memória é nossa.
Cada palavra
nasce como uma semente quando germina.
Nem sempre é
preciso terra,
mas é
preciso pisar firme no chão...
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