Foto - Arte-Digital: Fábio de Carvalho |
consciência negra / fábio de carvalho
Efêmera e eterna
eras...
escravidão maldita,
que por ganância,
por intolerância
subjugava a raça dita!
Minguado eras
negro reprodutor
dos lucros e das descendências
advindas do trabalho.
Maldito seja
os donos dos escravos.
Co’as mãos calejadas,
a coluna envergada,
o olhar reflexivo,
o estômago vazio
a esperar a boa cama
na senzala, seu lugar
para enfim descansar
no chão duro e frio, na lama.
Fostes embora escravizado
Para o quinto de não sei onde.
Hoje voltastes com bem força
Do preconceito que s’esconde!
E em muitos olhares
que são lançados ao preconceito
não imagina, não faz nem conta
do valor que tem um negro
pois por seus braços foi erguido
grande riqueza e trazido
esta cultura que aqui vejo.
Descendente Afro com orgulho
somos e temos o privilégio
de ter nas veias sangue puro
“preto”, “vermelho” e “amarelo”
para enxergar a face dita
do meu país, coisa bonita
Ser negro é isso! Ser negro é belo!
Cortês - Pernambuco
segunda-feira, 20 de novembro de 2006.
Muito lindo poema !
ResponderExcluirLindo
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